Tenho uma casa que suamos muito pra ter. E como parece que já a tenho, o verbo suamos parece passado. Mas estamos tendo a casa e o suor se presentifica a cada mês e prestação. Apesar disso, é mais fresca no verão. Estamos na construção do espaço, fazendo-a nossa de valores, de flores, de cores. E iremos pintá-la. Ela resiste um pouco ou nós resistimos a ela.
Minha casa me tem. Meu lugar é seu endereço. Se oferece para mim com seus espaços delineados e cheios de possibilidades. Me protege, me afaga, me conta minhas histórias. Guarda meus pertences ainda que as vezes suma com alguns. E por mais que eu vá por aí, volto e abrindo sua porta, mesmo cansada ou desolada pelo mundo, me preencho de alegria de três vivas gatinhas que anseiam pelo meu retorno.
Três gatinhas têm minha casa. Passam tempo integral cuidando dela, ocupando seus espaços. Maia, Panka e Lee certamente conhecem cada canto melhor que eu. Em suas brincadeiras a percorrem inteira correndo loucamente, trazendo suavidade e beleza ao meu lar. Usufruem mesmo da bagunça, dormindo ou explorando as novidades. Fazem de sua casa seu semelhante, deixando pêlos por todos os lados. Uma casa que mais parece um grande gato. Mia, casa!
11/12/2015 ALFTB
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