quarta-feira, 9 de março de 2016

Formas de colocar tela

Nem preciso dizer que não sou especialista no assunto. Mas sou muito interessada no bem-estar das minhas gatinhas. Eu só te recomendo fazer você mesmo se você tem janelas normais (nada de extraordinário) e se sente minimamente capaz de cumprir a tarefa.

Minha primeira tentativa foi na casa de uma amiga. Em casa é mais fácil, afinal, você pode estar do lado de fora, em pé no chão e confortavelmente fazer a tela.

Essa primeira forma que eu fiz não ficou bonita - embora, cá entre nós, tela não é uma coisa bonita! -, mas funcionou perfeitamente. Ela é mais fácil de ser colocada porque a tela é rígida, mas não dá pra colocar essa se for em apartamento.



Telando com ARAME

Material: Tela de arame, pregos em L, tesoura para cortar arame e martelo.









Imagino que seja fácil de imaginar os próximos passos (risos!). Mas vou aproveitar para dar umas dicas.

Para comprar a tela, meça as janelas. Leve altura e largura anotado. Dependendo da largura da tela (você só compra o comprimento, a largura já é dada pelo rolo do arame) e da sua janela você consegue fazer duas janelas com a mesma metragem. 

A tela deve ser firme para não ser destruída, não deve ter buracos muito grandes (para que não dê pra ficar mordendo a tela).

Veja se você vai dar conta de cortar o arame. É um pouco duro ou a tesoura que eu comprei não era tão boa. Só estou dizendo isso pra você não achar que foi uma má pedida fazer sua própria tela depois de já estar com tudo certinho.

Os preguinhos em L não são tão fáceis de arrumar, mas achei na segunda loja que procurei. Não precisam ser profundos nem rasos, só o suficiente para prender a tela. Ah! Quando você pesquisar não aceite PARAFUSO no lugar de PREGO. Prego você martela, parafuso você vai precisar de broca e furadeira... Nada impede que você queria fazer com broca e furadeira... só é menos prático para colocar e se precisar retirar vai ser pior pra tampar os buracos.

Otimize a tela, se você pode usar a largura da tela para ser o comprimento da janela, faça! Eu comecei pela parte superior, tentando manter uma linearidade. Quando você termina a parte superior está com a tela pendurada para você, não vai mais precisar ficar segurando. Se você tiver como, pregue primeiro as duas pontas de cima, de modo que a linearidade vai ficar mais clara.

O L do preguinho é para segurar a tela da seguinte forma: a perna menor do L fica segurando a tela, sobre ela, apontando para fora da tela.

Sobre o corte do arame, ou você faz com segurança antes (sabendo bem o que está cortando) ou você vai colocando e cortando aos poucos conforme for sabendo o lugar certo de cortar, foi como fiz.


Essa é a janela da casa da minha amiga. Ela é grandinha e fiz uma emenda no meio da tela, circulei para vocês verem. Essa emenda eu fiz com arame mesmo. Em ziguezague de modo que nenhum gatinho conseguisse se pendurar na tela. A aba que daria para pendurar eu deixei para fora.

Marquei uma setinha também no prego. A massa dessa casa não é muito boa, coloquei os pregos perto um do outro para garantir a fixação. Já está lá há dois anos. Ótimo! 

No caso dessa minha amiga ela ainda tem uma porta de ferro que abre o vidro interno em duas metades. Colocamos tela nessa porta também. Para prender a tela na porta usamos lacre transparente.



E cortávamos a ponta para não ficar horrível (não pode ser muito rente porque senão não lacra nada). Para as laterais da porta juntamos dois lacres (fazendo emenda) e passamos com a porta aberta, verificando se ela fecharia. Deu tudo certo.



Marquei alguns pontos de lacre. Essas fotos não estão muito boas.




Telando com NYLON

A outra tela, que é comumente usada pelas empresas de telagem, é a de nylon.
Se for optar por esse você vai precisar da tela, vai verificar a metragem linear das janelas e comprar cordinha de nylon suficiente, ganchinhos aparafusáveis, bucha para os ganchinhos, furadeira com a broca adequada ao gancho que você comprar.

As empresas vendem essas telas em diversas cores:



Foi o nylon que eu usei no meu apartamento. Eu usei a tela transparente e fiquei um pouco arrependida. As gatas deitam se apoiando na tela. Não sei se é porque mainecoon tem pêlo mais oleoso ou se acontecerá com todo gato o mesmo, mas fica uma certa sujeira na tela com o tempo. Comprei ganchinhos aparafusáveis.



Sobre a cordinha que sugeri, a metragem linear que me referi foi o perímetro (a soma dos lados) da janela. Digamos que você tenha uma janela de 1 metro por 1 metro. Então, são 4 metros no total da soma: lado de cima, da direita, de baixo e da esquerda. Então, para essa janela, um pouco mais de 4 metros de linha de nylon, tipo 4m50cm. E assim você vai calculando o resto das janelas e vendo o total de metros que você vai precisar.

Para essa tela você vai precisar de um pouco mais de habilidade. Eu só descobri a dificuldade quando peguei na mão. Ela é maleável, e vem toda encolhida. Diferente da outra tela, você pode pedir o tamanho que quiser (a largura dela é imensa). E ela é beeeeem mais difícil para saber onde começar e como cortar. No início o que eu acabei fazendo foi criar um molde (pedaço de madeira ou papelão quadrado como a janela) para ter como referência: cortava com sobra, ia colocando na janela por uma das quinas e antes de terminar cortava o que faltasse. Num momento seguinte já dava para ter uma ideia melhor só colocando uma lateral e a parte superior nos ganchos e esticando sem afixar na outra lateral e parte inferior, só pra ver o tamanho mais ou menos e fazer um corte.

Pra minha sorte (e acho que vocês também terão essa sorte) o cara dá muitoooo mais tela que o necessário, e como a largura é enorme, tive oportunidade de errar sem me dar mal. Essas dicas que dei já encurtam um pouco o caminho, espero.

O primeiro passo é furar a parece por fora da janela. Tente fazer os furos como  se. lingando os furos, formasse um quadrado de linhas retas. Ri sim que o quadrado tem linhas retas! Vou mostrar que as minhas linhas retas não ficaram assim tãaao retas. E nem os furos ficaram equidistantes como eu gostaria.


Faça o furo com uma distância da janela de no máx. uns 5 cm. A distância entre os furos é a mínima suficiente pro seu gato não forçar a tela e se dar mal. Na parte baixa repare que eu coloquei um furo a mais para garantir.



Quando você cortar a tela, não corte colado no nozinho. Se for colado corre o risco da tela desmantelar toda. De londe nem dá para ver, mas olha no detalhe que ficaram várias pontinhas de tela no lugar que cortei.


Repare também na foto acima que o ganchinho, assim como o prego da outra tela, fica de forma a segurar a tela, apontando para fora, segurando caso puxe.

Quando a tela estiver colocada você PRECISA fazer o acabamento com a cordinha de nylon. O que deixa a tela mais rigida e segura é essa finalização. Eu removi a tela e coloquei a corda para depois recolocar na janela já com a cordinha. Faça tipo uma costura: um pra dentro, um pra fora, e vai trançando esse nylon na sua tela. Quando tiver terminado e recolocado a tela no lugar definitivo você terá duas pontas de nylon pertinho uma da outra. você vai puxar essas duas pontas e amarrá-las o mais enrijecidas que você conseguir. Uma mãozinha é sempre bem-vinda nessa hora.


Quando eu amarrei a minha não fiquei super satisfeita não. Ainda me parecia maleável. Mas quando fui tentar tirar a tela simplesmente não conseguia. Fiz força contra o ganchinho e nada de conseguir tirar do ganchinho...

Eu também coloquei uma tela direto no alumínio. O princípio bem parecido, mas furando o alumínio na aba onde a janela é fixa. A diferença foi que usei um alicate para fechar os ganchinhos, me senti mais segura fechando. E é isso. Dá para fazer a tela você mesma. Eu faço a campanha "tele sua casa e proteja o seu gatinho"! 



E para finalizar, você que não quer deixar de ter seu gato mas também não quer essa tela estragando a sua vista, vou dar uma sugestão que não é perfeita, mas é muito boa. É uma tela que já existia no apartamento onde moro em algumas janelas. Também acredito que você possa inventar uma forma de fazer você mesma, mas essa certamente foi encomendada em alguma loja.

É uma tela facilmente removível, presa por parafuso por dentro e por fora da janela de alumínio;


Coloquei uma seta no parafuso para dar ênfase. Essa coisa em cima do parafuso é tipo uma pegador para remoção da proteção. Repare que de perto os microfurinhos aparecem todos e você também polui a vista. No entanto, isso é uma questão de focagem. As fotos todas que postei da minha janela com nylon foram tiradas através desses furinhos. A que dá mais bandeira é a foto da janela inteira. O que quero dizer é que muitas pessoas sequer percebem a tela, pois olham pela janela, focando no lado de fora e não percebem que ela existe. Já viu aqueles óculos que são cheios de furinhos na "lente"? A gente consegue ver através desses óculos como se não tivessem os furinhos, da mesma forma essa tela. Enfim, para quem interessar possa, pesquisem!


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

É preciso telar a casa ou apartamento

Por que telas de proteção? Vale telar minha casa ou apartamento?
Já falei um pouco sobre isso em outra postagem. Mas acho que vale um tópico só pra isso.

Eu acho que ter um animal é uma certa maldade. Juro, acho mesmo! Porque, a principio (sempre esse a princípio!) realmente eles nasceram para a liberdade.

No entanto, domesticaram alguns animais. Processo longo de muitas gerações. Transformaram animais - que eram apenas animais - em animais de estimação. E que palavra bonita, né? São os animais dotados de carinho e afeto. São animais que não são mais quaisquer, eles têm nome e endereço.

Além disso, perdem alguma coisa de seu lado animal. Já não caçam mais como antes ou mesmo o meio que oferecemos não é tão próprio para isso. Podem morrer de fome ou de sede se forem abandonados (ou seja, morrem deprimidos), podem arrancar os próprios pêlos... E segue uma grande lista de acontecimentos mais "humanos" pelo fato de os termos domesticado, algo de uma dependência do outro.

A cidade também oferece doenças inexistentes no que seria o habitat natural de um animal doméstico. E predadores estranhos, que fazem o que entendemos como crueldades. A própria cadeia alimentar seria uma crueldade... Mas nós os privamos disso. Como de alguma forma tentamos nos privar também. Criamos regras, estudamos para nos manter vivos e bem, mudamos a realidade natural.

As minhas gatas adorariam dar umas voltas. Sim, adorariam. Vejo em seus olhos a cada vez que passa uma revoada de maritacas. Percebo o interesse quando entro em casa e há vontade de dar uma espiada. Elas são curiosas.

Essa é uma das diferenças de criar um filho e de ter um animal doméstico: o filho é pro mundo. Você tem como transmitir a ele o suficiente para que ele leve suas próprias cabeçadas e siga numa vida mais independente. E por mais que seja difícil, os pais precisam permitir que filhos criem asas e tanto sofram as consequências como usufruam da vida. Eu entendo que quando optamos por ter um animal doméstico não devemos ter o ideal de que ele usufrua e arque com as consequências. O animal não tem como tomar algumas decisões que seriam fundamentais.

Esse é um dos motivos que, apesar de tudo vale a pena tê-los. Primeiro por uma questão afetiva, uma troca diária, o cuidar em si. Segundo, nessa de domesticar animais criamos uma porção de seres doentes, abandonados, indefesos, mortos de fome. Uma coisa lamentável. Reprodução ilimitada e mais filhotes que adotantes. Quem tem algum contato com a proteção vê quantas histórias tristes e bonitas para contar de animais totalmente entregues à sorte e animais que conseguem ter um lar e se tornam afetuosos com seus novos donos.

Adoro ter gatinhas curiosas, que vêm pesquisar quem é o amigo que está chegando, que - ainda que sejam gatas e desconfiem do desconhecido - possam investigar e mesmo se entregar às novas pessoas. Isso é assim porque, como diz uma grande amiga, "elas não conhecem a maldade do mundo".

Sim, eu as privo disso, eu cuido para que ninguém lhes faça mal - inclusive dentro da minha casa. Quando vem alguém consertar qualquer coisa, entregar, enfim, um estranho pra mim, assim como não se deve deixar a pessoa a sós com uma criança (e digo isso para que você tenha atenção), também não deixo com minhas gatas. Não quero que alguma delas vá amorosamente cheirar suas coisas ou seu pé e ele as espante agressivamente. Pra que isso não aconteça, eu cuido delas.

As três são castradas. É legal também dizer pra você que pensa que seu gatinho é castrado e que por isso ele não vai embora que isso é mito. Sim, o gato não caça fêmeas como um não-castrado (ou inteiro como chamam), mas ele passeia e nesses passeios qualquer coisa pode acontecer, desde comer o veneno de rato que a vizinha colocou até se perder por ter investido loucamente num lagartinho. A rua não é um lugar legal pro seu gato (e pro seu cachorro menos ainda). Lembro que você pode ter um gato de 7 anos que nunca "fugiu" mas que se um dia ele fugir, já era. Ele não precisa fugir várias vezes, basta uma para que você fique sem esse animal que você tanto estima ou para que se torne um paraplégico por atropelamento, por exemplo.

Eu não sou moralista com esse assunto. Acho que se você cuida do seu animal e pensa que vale arriscar, que o faça. Ele terá alguns ganhos como correr atrás dos pombos (e talvez até pegue alguma doença, mas vai ter sido feliz com a caçada). E pode acontecer de ele ficar mais em casa e dar a sorte de não ter grandes intempéries nos arredores. Acho que o importante é que sua escolha seja clara para você e não baseada na crença de que não vai acontecer. E que, acontecendo, você cuide dele como se comprometeu até então.

Eu gosto muito das minhas meninas. Eu quero poder vir contar pra vocês que elas viveram 20 anos (o que seria um absurdo para um mainecoon) ou que a Maia viveu quase 30 e é a gata mais saudável e antiga no planeta e que me deliciei muitas e muitas vezes com todas as vezes que pulou no meu colo para ser afagada, com suas peculiaridades do dia-a-dia e com sua maciez inenarrável. Dessa forma, eu telei as minhas janelas e garanti que nenhuma delas vai cair do peitoril brincando com uma mariposa.



OBS: Colocar tela pode ser barato se feito aos poucos.
OBS 2: Colocar tela pode ser mais barato (ou mais caro, se você fizer mal rsrsrs) se você fizer você mesmo.
OBS 3: O ideal é se você não precisa se preocupar com isso e tela tudo de uma vez ;)


Já fiz colocação de tela de duas formas. Vou tentar explicar na próxima postagem.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Como escolher meu gato?

Esse post é um pouco polêmico porque tem uma grande quantidade de pessoas que acredita que essa escolha é ruim. Acham que ou você quer um "filho" ou não quer. E que, assim como é absurdo ir adotar uma criança e escolher um recém nascido loiro de olhos azuis. Escolher um gato não é como escolher um objeto.

É... Concordo em parte. Eu aposto mais na liberdade de escolha de cada um, no que te direciona nas suas escolhas, quais as suas expectativas. Seja para ter um filho ou um gato, isso que é a idealização tem um lugar todo especial. Ainda que toda idealização abarque o imprevisível e, consequentemente, a frustração. Lembro também como se opta por ter (gerar) filhos em detrimento da adoção. Vamos ser mais afetuosos nas nossas escolhas e deixar o moralismo de lado. O que eu penso como mais importante é que diante da escolha que fizermos que seja uma escolha do coração e que sejamos responsáveis por essa escolha.

Pondere quais as suas exigências e invista quando você puder saber que não vai desistir. É importante para aquele que fica na espera de um lar.

Vou colocar alguns pontos que podem ajudar:


Com raça ou sem raça?

Gente, tem milhaaaaares de animais precisando serem adotados. Quem trabalha na proteção vive a resgatar animais, tratar e doar. Há animais de todas as cores, aparências e comportamentos. Em geral os custos já ficaram com os protetores, que vacinam, tratam com os remédios necessários, arrumam lares temporários que possam acolher o gato enquanto não adotam, enfim, há sim custos e aparatos, mas nem tudo fica por conta do adotante. Nessa opção, o leque é imenso e o custo de ter o animal é pouco. Adotar é um ato de amor, ajuda a diminuir os problemas da superpopulação das ruas e faz feliz um adotante e um adotado. Vale muito a pena!

Gatos de raça oferecem alguns diferenciais. Eles têm uma padronização estética e alguns indícios comportamentais mais característicos (tem gente que tem dificuldade de pensar isso em gato, mas basta pensar no cão como referência). Outra coisa que eu sempre lembro é o quanto manter um gatil com qualidade também é custoso. Quando visitei o gatil de onde saíram minhas mainecoons percebi que os gatos recebem as melhores rações, têm espaço para brincar e aparatos divertidos, todos são vacinados, cuidados, há um controle para que sejam saudáveis. O criador era amoroso, via-se paixão pelos gatos e pelo mantenimento do padrão da raça. Os filhotes ficavam em quarto com ar condicionado 24 horas. É um local que precisa de funcionária cuidando da limpeza sempre, que precisa de ter manutenção... Há um custo real de ter um gatil, de criar gatos com o máximo de qualidade possível. Então, se vai escolher um animal de raça, escolha um bom gatil, um gatil responsável. Conheça o espaço, verifique a situação dos animais. Não escolha por preço simplesmente, não faça parte da máquina de maus tratos animais visando somente o lucro.


Pêlos longos ou curtos?

Pêlos longos são sempre mais desejados por serem considerados mais belos por uma maioria. Isso é uma questão de preferência. Mas digo uma coisa: quanto você está disposto a ter pêlos pela casa e pelas roupas? O quanto se dispõe a aumentar seu investimento de manutenção da casa? Sim, faz diferença. Tenho 3 gatas, e o ponto que realmente me limita a ter mais gato - o meu ponto de basta - está sendo determinado pela quantidade de pêlos. Agora no verão então... Troca de pêlos, é demais. Outra coisa importante de ser vista é a questão da escovação. Todo gatinho será mais saudável se escovado periodicamente. Mas há certas raças que te exigem escovação periódica. As minhas criam grandes bolas de pêlo que tenho que tosar e que a escovação previne. Elas detestam ser escovadas, as minhas 3... É chatinho, não vou enganar você não.A a Mas é inegável que é bonito.


Adulto ou filhote?

Há prós e contras. Peguei uma adulta (Lili já tinha quase 3 anos), uma bebê (Maia veio com aproximadamente 1 mês) e uma jovem (Panka tinha por volta de 1 ano e 2 meses).
Quando você pega um gato adulto acaba já tendo noções de comportamento bem estabelecido. Já passou a fase de destruições, mordeção, educação. Se por um lado, fica mais difícil educar, por outro, já vem educado ou não. Educar dá trabalho e exige tempo. Se você está disposto a isso, pode investir num filhote, se não, pegue um adulto já parecido com o que procura. Há também comportamentos que nem sempre se moldam, ainda que pegando filhotes. Há quem queira gatos pacatos e molenguinhos. O que chamamos de "paninho", faça com eles o que quiser. Esses são os gatos fantasiados, aparamentados das mais diversas coisas. Há os elétricos e brincalhões, em geral mais inquietos e que não tolerariam essas coisas. Essas escolhas num gato adulto ou de raça (sabendo a característica de cada raça) podem ser mais fáceis.
A minha Lili veio acanhada, meio arisca. Vinha de cirurgia na orelha e de castração. Estava injuriada e ainda mudou de casa. Hoje, dois anos depois, é um doce. Me olha admirada, ronrona quando nos vê, é deslumbrante ver a mudança dela. Todas as visitas ficam maravilhadas que seja ainda a mesma gata.
Maia era bem espoleta. Deu algum trabalho e muitas alegrias. Ela teve que ser vacinada e castrada. Especialmente o processo de castração foi bem doloroso pra ela e pra nós (deixarei para outro capítulo). Há também algumas fragilidades de saúde em filhote. Ela teve um probleminha nos olhos que logo tratamos e acabou dando tudo cerro. É muito ligada em nós, chegou e em pouco tempo estava mamando nas nossas roupas. Acabei cedendo pra ela uma arara de pelúcia e ela ainda hoje mama nessa ararinha. Cada história!
E a Panka se adaptou mais fácil que a Lili, não sei se por ser mais jovem ou também pelo seu espírito muito dado desde sempre.


Fêmea ou Macho?

Só tenho fêmeas, então direi pouco.
Não sei em termos de afetividade. Já vi de tudo. Acho que vai do indivíduo e da criação. Machos podem ter uma coisa mais forte de territorialidade, podem ser mais brigões e marcam território. Tudo isso também vale pra fêmea, e só pra garantir que ficou claro: elas também marcam território. Os dois podem urinar na parede, pra trás. É mais comum no macho, mas é possível nos dois. A castração ameniza muito. Melhor castrar antes de adquirir o hábito da marcação de território. Dou graças que aqui todas as três usam exclusivamente a caixa de areia.
A castração do macho é mais barata e mais simples que a da fêmea.


De que cores?

Não é bobeira isso não! Algumas coisas: gatos pretos não dão azar. O que dá azar é a sua fé de que dêem. Já vi muitos adoráveis. O tal gato que eu quase peguei era um pretinho de bigodes brancos. Um luxo! Lindíssimo. Não dê voz ao preconceito!
Outro tipo que sai pouco são os ditos "vaquinha". Preto e branco, uma padronagem comum, mas com muitos maravilhosos. São os frajolinhas! Então se você quer um gatinho pelo amor de tê-lo escolha um desses, vai fazer e receber um bem!
Gatas tricolores são sempre fêmeas. Só pra você não ficar caçando um tricolor macho.
E gatos brancos, essa eu descobri na pele: são mais frágeis. Não existem felinos brancos na natureza. São mesmo muito bonitos, mas são mais problemáticos. É claro que você pode passar uma vida sem problemas com um branco, mas estatisticamemte são mais delicados. Há um percentual também grande de gatos brancos surdos. Eles se adaptam (o segundo nome do gato é adaptação), não rejeite um gato por ser surdo (princialmente se já o tiver adotado), há mil outras formas de vocês interagirem. Dessa forma, pegue um gato branco se você tiver disposição afetiva e financeira para cuidar de um desses. Descobri essas coisas depois de ter a minha e contarei detalhes a frente. Como disse a veterinária: um pepino branco. É a minha pepininha Panka linda que eu amo!


Um ou vários?

Já falei noutra postagem, mas vale repetir brevemente: melhor acompanhado, a princípio. E se vai fazer isso, vale levar irmãos para a adaptação.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Ter ou não ter mais gatos?

Três, um bom número pra mim.

Já falei então de quando você detecta que não deve ter um bichinho de estimação. O que faz você detectar que você deve ter um bichinho é quando você tem qualquer uma daquelas desculpas e um "mas" no final. Por exemplo: gato dá tanto trabalho, mas... Ou: gato envolve gastos, mas... Ou: seria uma tristeza ter que telar a casa toda, mas... Enfim, se isso tá acontecendo com você se prepare para receber um e comece a sua procura para que vocês se encontrem.

O "mas" se refere aos prós, né pessoal? Então vou deixar uma fotinho de incentivo para vocês. Porque é bom demais ter gatos:



O outro ponto é: quantos gatos? Essa pergunta é difícil de ser respondida. 

Quando peguei a Maia para ser companheira da Lili acabei afastando um pouco a Lili da gente. Ela ficou extremamente enciumada apesar de toda a cautela que eu tive. Além disso a Maia é bem mais brincalhona que a Lili*. Maia desde muito nova se divertia horrores de agarrar no pescoço da outra, ainda que isso lhe custasse umas bofetadas. Resumindo, a Lili ficou menos ansiosa de receber a gente, já não parecia prostrada ou dormindo e sem fazer nada nos dias que estávamos longe (o que me fazia pensar que ela precisava de uma companhia). Mas ela ficou mais retraída e, ainda que gostasse da Maia em segredo, por muitos meses ela lhe era bastante hostil. Senti meu tiro saindo pela culatra.

A Maia fez de tudo para conquistar nossa matriarca!

Por outro lado, quando peguei a Panka, embora a Maia tenha ficado uma semana em estado de choque escondida e rosnando embaixo da minha cabeceira, com o tempo elas se tornaram muito amigas, rolam de amores, correm, brincam muito. A Lili também não gostou da Panka de inicio, mas não ficou nesse estado de choque e só brigava se a outra viesse mexer com ela. E no final, a Lili ficou mais em paz, pois a Maia acabou passando a agarrar mais a Panka que ela. A Maia bem mais feliz porque tem uma amiguinha brincalhona como ela e, com o tempo, todas as três entenderam que têm lugar no nosso coração, são carinhosas, companheiras e não brigam.

Ninguém imagina o êxtase de quando tirei a foto abaixo:



Já ouvi umas máximas tipo: se tem fêmea é melhor pegar um macho e vice-versa. Mas acho que, ainda que possamos falar de probabilidade, a gente terá que arriscar pra ver. Eu de uma fêmea peguei outra e depois outra. Minha cunhada suou bem mais para adaptar sua fêmea a um machinho novo.

Se você já sabe que quer mais de um gato, pegue irmãos. É uma forma mais certa de adaptação e te dará lindas cenas de amor e bololô de gatos. Se você vai tentar não-irmãos como eu vale prestar atenção a alguns detalhes. Aí vão cinco dicas para adaptação de um novo gato:
1- Gatos são territoriais, quanto menor o seu espaço menos gatos pois maior a chance de briga;
2- Introduza o novo familiar aos poucos, demonstre aos antigos que você está ao lado deles. Não comece acariciando o novo para os antigos verem, ao contrário. Se puder, permita que se entrevejam por frestas de porta ou por vidro antes do contato direto. O seu lado? Junto aos donos da casa. Alimente-os antes, sempre. Faça-os entender que o novato não é uma ameaça com relação a você e o seu carinho.
3- Primeiro conquiste o que você já tem. Penso que fui precipitada em levar a Maia, apesar da boa intenção. Lili ainda estava nos conhecendo, ainda era acanhada, prejudicamos esse primeiro momento. Nada que não tenha se resolvido, mas poderia ter sido melhor. Embora a Lili esteja se adaptando até hoje. Já estamos juntas há mais de dois anos e ela já é muito dócil e amável e carinhosa demais, nem sei como, as vezes ainda aumenta.
4- Esse deveria ser o item 1. Traga animais saudáveis: testagem pra FIV e FELV é importante, mesmo assim, se o animal não vem de lugar fechado e cuidado, faça quarentena separando-o dos saudáveis. Leve ao veterinário para verificar doenças de pele, rinotraqueíte, e tantas outras doenças das quais seus animaizinhos bem cuidados não estão expostos. Quando levei a Maia não sabia o que estava fazendo. Ela era jovem demais, a testagem nessa idade é pouco precisa (pode contar com anticorpos da mãe), vinha da rua e fui avisada do risco porque quando a levei, poucas horas depois morreu um irmão dela. Fiz tudo para proteger a Lili de eventuais doenças, ainda mais sendo de raça é ainda mais desprotegida para muitas doenças, mas imaginem deixar um filhotinho semanas separado num quarto. Foi uma dor pra ela e outra pra gente. Não repetirei a dose e desejo que vocês saibam mais que eu e não tentem a sorte.
5- Tenha paciência para eles se estranharem no início, são gatos. Dificilmente o novo membro será recebido com amor. O mais comum são rosnadas, fugas e as vezes agressões. É claro que você não vai permitir que se machuquem, mas no tempo certo eles terão que entender quem manda. E eles vão verificar isso quer você queira ou não. Fique de olho se todos estão comendo e se usam a caixa de areia. Se for possível, num primeiro momento deixe as coisas do novato separadas. Quando sair de casa, deixe o novato fechado para evitar brigas com você fora**. Já ouvi que um bom segredo para adaptação de gatos é usar baunilha. Eu não posso dar meu testemunho pois não sabia à época, mas certamente hoje tentaria. A ideia é passar na mão e passar nos gatos, os antigos e o novo. Vai ficar todo mundo cheirando a pudim. Pelo que entendi, eles acabam entendendo que são do mesmo bando e isso facilita a interação desde sempre. 

Nos primeiros dias não sabia se seria possível algum dia a Maia e a Panka conviverem, ficava receosa. Hoje deu nisso:






* o que é legal para a gente pensar as questões de raça. Lili é uma mainecoon, raça sabidamente brincalhona e amável; Maia é srd e veio bem pequena, e é mais dada que Lili, para algumas coisas.
** apesar de eu dizer isso, falo mais para que você possa fazer alguma mediação da relação e que saiba o que se passa. Não tente separar briga de gato na mão, você pode se dar mal. Melhor jogar uma água ou algo que os separe sem se machucar e sem machucá-los.


Mia casa

Tenho uma casa que suamos muito pra ter. E como parece que já a tenho, o verbo suamos parece passado. Mas estamos tendo a casa e o suor se presentifica a cada mês e prestação. Apesar disso, é mais fresca no verão. Estamos na construção do espaço, fazendo-a nossa de valores, de flores, de cores. E iremos pintá-la. Ela resiste um pouco ou nós resistimos a ela.

Minha casa me tem. Meu lugar é seu endereço. Se oferece para mim com seus espaços delineados e cheios de possibilidades. Me protege, me afaga, me conta minhas histórias. Guarda meus pertences ainda que as vezes suma com alguns. E por mais que eu vá por aí, volto e abrindo sua porta, mesmo cansada ou desolada pelo mundo, me preencho de alegria de três vivas gatinhas que anseiam pelo meu retorno.

Três gatinhas têm minha casa. Passam tempo integral cuidando dela, ocupando seus espaços. Maia, Panka e Lee certamente conhecem cada canto melhor que eu. Em suas brincadeiras a percorrem inteira correndo loucamente, trazendo suavidade e beleza ao meu lar. Usufruem mesmo da bagunça, dormindo ou explorando as novidades. Fazem de sua casa seu semelhante, deixando pêlos por todos os lados. Uma casa que mais parece um grande gato. Mia, casa!

11/12/2015 ALFTB



Quando a escolha certa é não ter gatos

A essa altura vocês já estão pensando que somos os loucos dos gatos e que vamos fazer mais umas 20 páginas apresentando gatos. Risos! Não! Confesso que me apaixonei, não faz muito tempo, por um gatinho chamado Dudu. Evitei muito dar corda a essa minha paixão. Só o conheci por fotos, era preto de bigodes brancos. Uma coisinha! Mas quando fui conhecê-lo (eu disse CO-NHE-CÊ-LO!), ele já não estava mais com as meninas do projeto, havia fugido.

Queria dizer um pouco sobre ter ou não ter gatos e, depois, sobre ter ou não ter mais gatos.

A primeira etapa eu falei brevemente quando falei da Lili. No meu caso eu não queria ter gatos porque precisava telar a casa (eu amava a minha vista do 18° andar) e porque ganhamos uma escrivaninha marchetada antiga e em perfeito estado, não queríamos arranhões nela. Há outros motivos que entendo como apontando para uma posição de não ter gatos: não querer gastar nada com isso, não querer que eles subam na cozinha - morria de preocupação disso me acontecer -, nos móveis, nos estofados, medo de que estraguem as cortinas e façam um rombo no sofá, não tolerar tempo de adaptação (possíveis arranhões, animais mais retraídos, miados), não ter vontade de cuidar do gato... Dependendo da forma como você leva essas coisas a sério, você tem motivos para não adotar um gato. Já aviso que alguns são um pouco fantasiosos.

Quando a Lili veio pra nossa casa uma coisa era muito certa pra mim: eu não a devolveria. Essa coisa de adotar animais é séria e não deve ser feita de qualquer forma ou por impulso. Pense na sua disponibilidade afetiva para receber esse ser, tão diferente, e que vocês precisarão se conhecer. Eu pensava na pior hipótese possível: ela ser um monstro, agressiva comigo e que, mesmo com o tempo, eu tivesse que viver tomando cuidado dentro da minha casa. Já era adulta, pensava, mais difícil de educar. Apesar de tudo, confiamos e fomos.
Eis uma foto de quando ela chegou:


Lili chegou mansa, tranquila, um pouco acuada. Era medrosa, pouco afetiva, detestava que pegasse nela, colo então nem se fala.

Vencemos o obstáculo de “não ter um gato” fechando um pouco os olhos e apostando no melhor.

A primeira parte, telar, foi fácil, pois nos mudamos e perdemos a vista tão adorada. Apesar disso, tivemos que telar o novo apartamento. Moramos num 3º andar, é relativamente baixo como muitos costumam pensar. Gatos são espertos, sim é verdade. Mas se você não gostaria de perder seu gatinho pra janela – seja para a morte* seja para o acidente, a fuga, etc. não dê a ele chances de sair. Isso significa ter tela. Se você mora em casa saiba que gatos castrados também saem e não voltam. Entendamos também que para além do cuidado com nosso animal de estimação, temos que ter respeito aos vizinhos que podem não querer suas patinhas no muro, ou seu xixi matando as plantas, ou fezes, ou azar – sim, tem gente ignorante que acha que gato dá azar ou seja lá o que mais. Uma pena, mas há quem pense assim e a sua parte é ter o seu gatinho sem perturbar quem não o quer por perto. Por você, pelo seu vizinho e, principalmente, pelo seu gatinho, que pode ser maltratado, envenenado e mais uma série de atrocidades. Coloque telas. Não é tão caro, faz uma única vez e, se ainda for o caso, faça você mesma - fizemos!



Sobre a questão dos móveis arranhados descobrimos que nossas gatas escalam por conveniência: ou tem um trampolim, ou algo muito interessante. Pulos mirabolantes não foi o forte por aqui, então, a primeira coisa que fizemos foi tentar deixar a escrivaninha pouco interessante para elas. Não nego que há um ou outro arranhão novo e indesejado. Mas, de verdade, é muito pouco. Coloquei uns objetos em cima (que é claro que as vezes eram derrubados). Fui bem insistente em retirá-las de lá a cada vez que subiam. E assim, minha escrivaninha é bem raramente frequentada.

Nós sabíamos que teríamos um investimento financeiro e estávamos dispostos a isso. Comprar ração de boa qualidade é um investimento a longo prazo: agora parece caro, mas garante que o gasto não seja no veterinário e mais ainda: é o que faz a longevidade do seu gato. Marcas que tem raçãozinha colorida são ruins. Procure rações super premium. Achou caro? Compre pacotes de 7,5kg, ainda que tenha que dividir no cartão você vai ver que dura muito, acaba saindo mais barata uma ração muito boa. E pense comigo: você vai ter ração pra bem mais de um mês com um valor que você pagaria em uma ou duas idas em restaurante. 

Uma coisa dei sorte, nem sei como, minhas gatas não sobem na pia da cozinha, não sobem na bancada da cozinha, mal vão pra cozinha! Fogão? Nunca! A Lili subiu uma vez na pia, levou uma bronca. Muito tempo depois tentou de novo, levou outra bronca. Fim, nada de gatos na pia. Maia tentava entrar nos armários da cozinha. Fiz ela entender que não podia deixando cair um pouco de água nela, como se nem fosse eu. Entendeu que ali não é lugar de gata.

Sobre estofados, todas querem “afiar” a unha no sofá. Mas eu digo um não firme, pego no colo e coloco no arranhador. Elas costumam arranhar lá imediatamente. Ainda hoje todas 3 espreguiçam antes de subir no sofá, e com isso colocam a unha, mas o sofá já tem 2 anos que convive com gatas, tudo bem. Inteirinho e apresentável. OBS: Existem arranhadores para serem colocados até mesmo no sofá, pode ser uma boa. O arranhador precisa estar em local acessível, interessante.

Meu arranhador fica no corredor, mas nesse dia colocamos na sala, estou pensando em vendê-lo para ter um maior.




Eu também estava bem aberta a aguardar o tempo de adaptação. Disse isso porque já vi cada história de gente que pega gato e devolve... Dá muita pena. Falarei sobre adaptação do gato com gente e de gato com gato mais adiante. 

Uma coisa que você precisa saber: você tem alergia? Outra coisa que você precisa saber: o quanto você está disposto a ter pêlos nas roupas e pela casa? Se você está um pouco disposto sugiro fortemente que escolha gatos de pêlos curtos. Eu com duas mainecoons e uma srd peludinha me deparo com uma realidade que jamais imaginei. É tanto pêlo que escrevi um texto sobre isso. Vou postá-lo.

* leve isso a sério! Gato cai de janela até caçando bichinho...!

Uma g(r)ata surpresa: Vanilla

Duas gatas nos parecia um bom número. Já tínhamos a Maia e a Lili e nos bastava. Mas, imaginem como ficamos gratos por termos nossa primeira gata doada do gatil, mantivemos contato, trocávamos ideias, pedíamos informação, dávamos notícias de nossas alegrias e dificuldades com as gatas. Um dia, falando sobre ração e coisa e tal fomos visitá-lo. Ficamos apaixonados pelo gatil de novo e ele estava com um excesso de fêmeas - como nós ele vai se apaixonando e algumas ficam pra ele. Nesse dia ele nos ofereceu a Vanilla. Pouco mais de um ano, já havia tido uma ninhada. Uma gata branca com heterocromia. Heterocromia é quando os olhos são de duas cores diferentes. Ela tinha um olho verde e um azul. Foi amor à primeira vista, e insanidade também. Ter gato, gente, é ter responsabilidades. Se temos um é ração de boa qualidade pra um, veterinário, vacinas, remédios, brinquedos, escola... Ops! Escola não, então achamos que daria pra ter uma terceira gata. Esperamos ela ser castrada pois os gatos só saem castrados do gatil, e já cuidamos dela desde o pós cirurgico. E cada gata uma história. Estou escrevendo o blog de uma história. Apresento-lhes, Vanilla, em foto recente:


Vanilla era seu nome, mas ainda hoje não parece reconhecer nem esse nem o que adotamos para ela: a nossa Panka, uma pankurinha linda!